San Blás é um arquipélago formado por 365 ilhas no mar do caribe, habitado e administrado pelos índios Kuna, que tiveram que lutar contra o governo panamenho para garantir a soberania sobre essas ilhas e a preservação de sua cultura. Os índios tem exclusividade para explorar o turismo no arquipélago e autonomia para estabelecer suas próprias leis.
Me senti privilegiada por poder desfrutar desse lugar paradisíaco e também honrada por conhecer um povo tão guerreiro.
Me senti privilegiada por poder desfrutar desse lugar paradisíaco e também honrada por conhecer um povo tão guerreiro.
Às
6:30 já havia várias camionetes estacionadas em frente ao hostel, muita gente
estava a caminho de San Blás, mas o motorista que me levaria ainda não havia
chegado. O trajeto é feito em duas
horas e meia, mas houve uma demora enorme porque o motorista tinha que buscar
dois gringos em um hostel e acabou se perdendo na cidade. Também houve muita demora na
hora de comprar coisas no supermercado, o povo comprou comida para um mês. Eu
comprei só uma garrafa de água e não foi necessário mais que isso.
A estrada que leva ao cais é quase toda asfaltada e está em bom estado, mas é uma estrada sinuosa e que requer muito cuidado do motorista. Eu tive sorte, tanto na ida quanto na volta os motoristas foram cautelosos, mas tem uns que andam em alta velocidade. Na volta vimos um veículo que caiu num barranco e as pessoas se machucaram muito. Portanto, se perceber que o motorista está indo rápido demais, peça para ele diminuir a velocidade. É perigoso sim.
Outra
coisa, tenha seu passaporte à mão, pois ao longo da estrada há postos de fiscalização
onde o documento é solicitado.
Chegando ao cais tem que esperar o barco que vai te levar para a ilha escolhida. Essa espera pode ser longa, tem muita gente. Esperamos cerca de vinte minutos para embarcar e uns 50 min para chegar na Isla Iguana.
Lá
pelas 11:00 chegamos a Isla Iguana. É uma pequena ilha com praias em toda a
volta, sendo que é possível percorre-la em 5 min. Há quatro ou cinco cabanas
pequenas para casal e uma cabana grande com 10 camas, mas não há muitos
visitantes. Para quem busca sossego, esse é o lugar ideal. Eu fiquei na cabana compartilhada. Na
primeira noite só havia uma alemã. Na segunda noite,um italiano e só na
terceira noite é que apareceram quatro gringas.
Quando a refeição fica pronta um dos índios sopra em um búzio gigante para chamar o pessoal para comer. O almoço estava delicioso, arroz, salada e um peixe frito. Ao contrário do que li em alguns relatos, todas as refeições estavam ótimas, bem variadas e muito fartas. A bebida não está incluída no valor da diária – refrigerantes, cerveja e água de coco por US$ 2.
Após
o almoço uma soneca à sombra de um coqueiro (de preferência sem cocos, para
evitar acidentes) e à tarde snorkelling em torno da ilha. Oh, vida difícil...
Durante
o jantar conheci um casal de brasileiros que não tiveram sorte no primeiro dia:
mesmo tendo escolhido a Isla Iguana, foram levados para uma das ilhas onde se
concentram os índios Kuna. Nessa ilha não havia praia, nem coqueiros, apenas
cabanas. Foram obrigados a dormir ali e ainda pagar a hospedagem. Somente no
dia seguinte foram trazidos para a ilha certa. A visita à comunidade é interessante
(eu fiz o passeio), mas só por algumas horas.
Os
índios da Isla Iguana são muito simpáticos, gostam de conversar, são divertidos
e tratam os visitantes muito bem. A estrutura existente na ilha é boa: cabanas
simples, mas limpas (não sei nas outras, mas na cabana compartilhada tinha
tomada); a luz sofre algumas interrupções, que podem ser prolongadas, então é
bom ter uma lanterna à mão; barzinho com bebidas geladas; banheiros e chuveiros
satisfatórios (não é preciso carregar balde de água para dar a descarga e nem
tomar banho de canequinha).
Só
não dou nota 10 por um motivo: os passeios para outras ilhas são muito
limitados. Apesar de haver tantas ilhas lindas para visitar, só há dois
passeios disponíveis: visita a comunidade Kuna US$ 6 e passeio até a Isla Perro
US$15 (se houver um mínimo de 6 pessoas).
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