Chegamos em Sucre lá pelas 3 da matina e o motorista parou na praça central. O carioca se indignou:”_ ...mas eu achei que tinha uma rodoviária em Sucre!”
Eu: “_E tem! Só que fica bem longe do centro e para a nossa sorte o motorista vai deixar a gente descer aqui.”
Eu tinha uma reserva no Hostal La Escondida que fica a dois quarteirões da praça e convidei o carioca para ir até lá, já que estava tão assustado e ainda ia ter que procurar um lugar para ficar àquela hora da madrugada. Ele preferiu ficar ali na praça e eu segui meu rumo.
O recepcionista do hostal disse que o check-in só poderia ser feito a partir das 7:00 e se eu quisesse ocupar o quarto antes disso teria que pagar mais meia diária. Decidi esperar até amanhecer e ele me deixou esperar em uma área no primeiro andar onde havia um sofá. Me deitei no sofá e apaguei. Às 6:00 o recepcionista veio me acordar dizendo que eu poderia ir para o meu quarto.
Acordei lá pelas 10:30 e fui caminhar pela cidade. O mercado municipal fica bem em frente ao hostal, foi só atravessar a rua e entrar nesse espaço que ocupa um quarteirão inteiro com uma miscelânea de coisas.
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Mercado de Sucre |
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Mercado de Sucre |
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Mercado de Sucre |
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Mercado de Sucre |
Sucre é a capital constitucional da Bolívia e foi declarada patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. Muito limpa e tranquila, nem parece uma capital. Não tem a agitação e o trânsito desordenado de La Paz. Em uma curta caminhada é possível ver várias igrejas e prédios históricos, quase todos brancos.
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Sucre |
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Prefeitura de Sucre |
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Plaza 25 de Mayo |
Tem um centro de informações turísticas perto da Plaza 25 de Mayo na Calle Audiência, lá peguei algumas dicas de passeios. Quase ao lado tem uma associação de artesãos, a Inca Pallay, que reúne diversos trabalhos de tecelões dos grupos étnicos Jalq’a e Yampara. No pequeno espaço é possível aprender um pouco sobre a forma rudimentar, e ao mesmo tempo rica em imaginação, como são realizados esses trabalhos. A associação visa conservar a identidade cultural e ajudar os povos indígenas que vivem nas áreas rurais em situação de pobreza.
Depois do almoço peguei um ônibus(linha 4) ao lado do mercado para ir até o Castillo de La Glorieta, que fica a 5Km do centro de Sucre.
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Castillo de La Glorieta |
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Castillo de La Glorieta |
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Castillo de La Glorieta |
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Castillo de La Glorieta |
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Interior do castelo |
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Jardim do castelo |
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Castillo de La Glorieta |
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Dom Francisco de Argandoña |
O castelo foi construído por Dom Francisco de Argandoña e sua esposa Clotilde Urioste, representantes da aristocracia de Sucre. O casal não podia ter filhos e adotaram muitas crianças órfãs. Por esse trabalho filantrópico e pelo grande poder econômico, eles receberam do Papa Leão XIII, o título de príncipes de La Glorieta.
Atualmente o castelo não tem mais o glamour do passado. Os diversos cômodos estão vazios, não há móveis e os objetos de valor há muito tempo foram saqueados. O enorme jardim está abandonado e com algumas partes queimadas. Apesar da cobrança de Bs 20, o lugar está mal conservado. Talvez por isso seja mal-assombrado, certamente os Argandoña ficariam tristes ao ver sua casa tão decadente.
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